Este foi um show ao qual eu fui me sentindo extremamente feliz.
E também extremamente triste.
A última turnê mundial do Judas Priest "Epitaph", foi a primeira vez em que eu vi a banda, e, claro, foi um misto de emoção e tristeza ao saber que talvez não os veja mais ao vivo (quem sabe um dia no W.O.A) hehehe.
Bom, vamos ao show.
Arena Anhembi lotado, uma fila pavorosa tanto para pegar o ingresso quanto para entrar, e, sob ameaça de chuva, fui dar uma olhada na barraca de venda dos souvenirs, e, abismada, quase caí para trás com o preço das camisetas, que nem eram tão bonitas assim. A infra-estrutura de alimentação também poderia ser melhorada, mas é claro que o pessoal quer enfiar a faca e cobrava caríssimo em um reles lanche "qualquercoisa-pocket" de microondas.
Para quem vem do "sítio" que nem eu, enfrentando horas de ônibus e metrô, é uma reclamação bem pertinente...
Mas, vamos aos shows.
Após certa demora para começar, o Whitesnake entrou, e, claro o David Coverdale está bem acabadão, mas ainda pode ser considerado um dos melhores frontman do Hard/Metal. Recheado de clássicos, foi aquele show perfeito para quem está em começo de namoro, no auge da paixão romântica. O som em alguns momentos ficou abafado e embolado, principalmente por causa do vento, sendo o show em local aberto, mas no geral, achei que foi muito bom.
Passagem de som e mais alguma espera, e, finalmente.... Judas Priest.
A banda toda é muito educada, mas o Rob Halford, é simplesmente "O CARA". Extremamente simpático, profissional e brincalhão, com certeza ele conseguiu suprir a falta de fôlego e de agudos que sempre foram tão características nas músicas do Judas Priest, principalmente nos primeiros álbuns.
Percebi uma preocupação da banda também com o andamento das músicas, algo mais lento, talvez para poupar a voz do Rob, mas em momento algum isso atrapalhou a magia do show em si.
Foi feito um "apanhadão" de músicas ao longo da carreira do JP com muitos clássicos, e, com direito a chicotadas do Rob Halford no Glenn Tipton, e uma leve menção de "dancinha" de Lady Gaga, posso dizer, com certeza que os pontos altos do show foram: "Painkiller", onde o povo quase se arrebentou de tanto pular, "Breaking the Law" (uma das minhas músicas favoritas), "Hell Bent for Leather", com a entrada triunfal do Rob Halford na sua Harley prateada, e, no final, dois "Bis", sendo a música de encerramento, "Living After Midnight". Muito, mas muito feliz, saí praticamente dançando do show, com a certeza de que o Judas Priest encerra suas turnês mundiais com muito brilho, e muita, muita competência.